sábado, 30 de julho de 2011

SWAB RETAL


Swab retal


Indicação: Identificação de VRE, Acinetobacter multidroga resistente.

Cuidados com coleta:
- Usar swab de algodão, certificando-se de que a ponta da haste que suporta o algodão está bem revestida.
- Umedecer o swab em salina estéril (não usar gel lubrificante) e inserir no esfíncter retal, fazendo movimentos rotatórios.
-  Ao retirar, certifique-se que existe coloração fecal no algodão.
- Identificar a amostra e enviar ao laboratório.

Transporte : Intervalo de 30 minutos ou utilizar o meio de transporte

Observações: O número de swabs depende das investigações solicitadas.

SWAB NASAL


Swab nasal

 Indicação: Pesquisa de MRSA.

Cuidados com coleta:
 - Introduzir o swab estéril cuidadosamente na porção antero-superior de uma das narinas com movimentos giratórios e deslizá-lo lateralmente pela asa nasal interna.
- Repetir procedimento na outra narina.
- Inserir o swab no tubo (invólucro).
- Rotular.

Transporte : Imediatamente após a coleta.

Observações: Controle epidemiológico firmado com Serviço de Controle de Infecção Hospitalar.

SECREÇÃO OCULAR


Secreção ocular

Indicação: Isolamento e identificação de microrganismos.

Cuidados com coleta:
- Desprezar a secreção purulenta superficial e, com swab colher o material da parte interna da pálpebra inferior.
- Identificar corretamente a amostra e enviar ao laboratório.

Transporte : Imediatamente após a coleta.

Observações: As culturas deverão ser coletadas antes da aplicação de antibióticos, soluções, colírios ou outros medicamentos

SECREÇÃO DE OROFARINGE


Secreção de orofaringe

Indicação: Recuperação do Streptococcus pyogenes coletar 2 swabs.

Cuidados com coleta:
 Solicitar ao paciente que abra bem a boca.
- Usando abaixador de língua e swab estéril, fazer esfregaços sobre as amígdalas e faringe posterior, evitando tocar na língua e na mucosa bucal.
- Procurar o material nas áreas com hiperemia próximas aos pontos de supuração ou remover o pus ou a placa, colhendo o material abaixo da mucosa.


Transporte : Enviar imediatamente ao laboratório para evitar a excessiva secagem do material.

Observações: Usar abaixador de língua.

SECREÇÃO DE OUVIDO




1- Secreção de ouvido até conduto auditivo externo e médio (até a membrana timpânica).
 Indicação: Isolamento e identificação de microrganismos.

Cuidados com coleta:
-  Remover secreção superficial com um swab umedecido em salina estéril e com outro swab obter material fazendo rotação no canal. 
-  Inserir ,em seguida, no meio de transporte (Stuart).

Transporte : Encaminhar imediatamente ao laboratório para  processamento ou introduzir em meio de transporte para conservação.

2- Secreção de ouvido em conduto auditivo interno.
Indicação: Isolamento e identificação de microrganismos.

Cuidados com coleta:
-  Remover secreção superficial com um swab umedecido em salina estéril e com outro swab obter material fazendo rotação no canal. 
-  Inserir ,em seguida, no meio de transporte (Stuart)
- Com outro swab, fazer esfregaço para coloração Gram.
- Se membrana timpânica integra: usar seringa para puncionar a membrana ou sistema apropriado para aspiração e coletor.

Transporte : Encaminhar imediatamente ao laboratório para processamento ou introduzir em meio de transporte para conservação.


Observações: É necessário o uso de especulo.  Pode ser coletado também por aspiração.


LÍQUIDOS: PLEURAL, ASCÍTICO, BILIAR, DE ARTICULAÇÕES E OUTROS


Líquidos: Pleural, Ascítico, Biliar, de articulações e outros

Indicação: Isolamento e identificação de bactérias nos líquidos orgânicos estéreis.

Cuidados com coleta:
 - Proceder a anti-sepsia no sítio da punção com álcool 70% e com PVPI 10%.
- Obter a amostra através de punção percutânea ou cirúrgica.
- Encaminhar o líquido coletado em tubo seco e estéril ou inoculado diretamente nos frascos do equipamento de automação de hemoculturas.


Transporte: Imediatamente (não refrigerar).

Observações:
- Quanto maior o volume da amostra, maior a probabilidade de isolamento do agente etiológico.
- Procedimento realizado por equipe médica especializada.

FRAGMENTO / RASPADO DE LESÕES

Fragmento / Raspado de lesões superficiais  para micológico direto

Indicação: Suspeita ou iminência  de infecção por fungos.

Cuidados com coleta:
- Limpar a superfície com água destilada ou soro fisiológico estéreis; não utilizar iodo.
- Usando um bisturi, raspar as bordas da lesão.
- Amostra do couro cabeludo inclui cabelo, que é seletivamente coletado para exame.
- Amostra de unha - obter raspado e/ou material abaixo da unha. 
 

Transporte : Encaminhar imediatamente.

Observações:
- Os materiais obtidos podem ser colocados em placa de Petri estéril e identificados separadamente para cada sítio a ser investigado (por exemplo, unha da mão direita, raspado do pé esquerdo, raspado da região plantar, etc.).

LIQUOR


Líquor

Indicação: Diagnóstico de meningites bacterianas. Pesquisa de BAAR ou Criptococcus  e neste caso coletar 3 ml de líquor.

Cuidados com coleta: 


- Técnica asséptica
- Higienização das mãos rigorosa.
- Anti-sepsia da pele no local de punção.
- Uso de campo estéril, capote, luvas estéreis, máscara.
 - Geralmente são fornecidos Kit de coleta pelo laboratório.
- Realizar a punção lombar e coletar nos frascos e tubo de ensaio oferecido pelo laboratório, de preferência da própria agulha que encontra-se no espaço subaracnóideo.
- Rotular e encaminhar ao laboratório.

Transporte: Imediatamente (não refrigerar)

Observações:
- Procedimento realizado por equipe médica especializada.
- Recomenda-se que o paciente esteja de jejum.
- Caso a coleta permita somente a disponibilidade de um tubo, o laboratório de microbiologia deverá ser o primeiro a manipulá-lo.

PONTA DE CATETER


Ponta de cateter

Indicação: Suspeita de infecção associada a cateter vascular central.


Cuidados com coleta:
- Fazer uma rigorosa anti-sepsia da pele ao redor do cateter com álcool 70% e PVPI ou cloroxedine degermante seguido do alcoólico.
- Remover o cateter e, assepticamente, cortar 5 cm da parte mais distal. Para cortar o cateter utilizar material estéril.
- Colocar o pedaço do cateter num frasco estéril, sem meio de cultura.

Transporte : O material deve ser transportado imediatamente ao laboratório evitando sua excessiva secagem (15 minutos após coleta).

Observações:
 - A presença de um número maior ou igual a 15 colônias de um único tipo de bactéria sugere que a ponta de cateter pode estar sendo fonte de infecção.
- Cateteres aceitáveis para cultura semi-quantitativa: Central, CVP, Hickman, Broviac, periférico, arterial, umbilical, alimentação parenteral e Swan-Ganz.

SECREÇÃO DO TRATO RESPIRATÓRIO


Secreção do trato respiratório

Indicação:
- Acompanhamento de flora microbiana,
- Na suspeita de infecção por micobactérias ou fungos, coletar pelo menos 3 amostras (escarro)  em dias consecutivos (somente uma amostra por dia).
- BAL é utilizado no diagnóstico de pneumonias associadas a ventilação mecânica e em paciente imunodeprimidos,

Cuidados com coleta:
Escarro:
- Colher somente uma amostra por dia, se possível o primeiro escarro da manhã, antes da ingestão de alimentos e após higienização oral (Não utilizar creme dental, ser realizada apenas com água)
- Respirar fundo várias vezes e tossir profundamente, recolhendo a amostra em um frasco de boca larga. Se o material obtido for escasso, coletar a amostra depois de nebulização.




Secreção traqueal:
- Aspiração traqueal utilizando técnica asséptica.

Aspirado transtraquial (ATT)
- O procedimento é realizado por equipe médica especializada.

Lavado bronco-alveolar (BAL)
- Evitar a sucção ou injeção de lidocaína pelo canal do fibroscópio.
- Aspirar e desprezar as secreções.
- Impacttar a nível segmentar e instilar um total de 50 – 100 ml de solução salina estéril.
- Aspirar com cateter protegido 3 – 5 ml.

Transporte :
- Encaminhar imediatamente ao laboratório em 30 minutos.
- Secreção obtida através de BAL tempo máximo aceitável é de 1 a 2 h.

Observações:
- No caso de suspeita de infecção por micobactérias ou fungo, coletar 3 amostras em dias consecutivos.
- A utilização da secreção traqueal para diagnóstico de infecção (pneumonia) é controversa. Utiliza-se para acompanhamento da flora microbiana da unidade.
- Deve-se fazer também o quantitativo para auxilio no diagnóstico de pneumonia (aspirado traqueal com contagem de colônias maior ou igual a 106 UFC/ML

SECREÇÕES DE FERIDAS, ABSCESSOS E EXSUDATOS

Secreção de feridas, abscessos e exsudatos


Indicação: Isolamento e identificação de microrganismos.

Cuidados com coleta:
- Promover a limpeza da margens PVPI degermante  e superfície da lesão com solução de PVPI tópico e soro fisiológico.
-  Coletar o material purulento localizado na parte mais profunda da ferida, utilizando-se, de preferência, aspirado com seringa e agulha. Quando a punção com agulha não for possível, aspirar.
o material somente com seringa tipo insulina.

Transporte : Imediatamente (não refrigerar).

Observações:
- Swabs (menos recomenda-dos) serão utilizados quando os procedimentos acima citados não forem possíveis. A escari-ficação das bordas após anti-sepsia pode produzir material seroso que é adequado para cultura.
- Não coletar o pus emergente.
- Em queimaduras a biópsia da pele é a técnica mais recomendada.

SANGUE


Sangue para Hemocultura

Indicação:
- Endocardite bacteriana aguda -  3 amostras com intervalo de 15 a 30 minutos.
- Endocardite bacteriana subaguda: coletar três amostras, nas 1as 24 h, c/ intervalo mínimo de 15 minutos.
- Infecções sistêmicas e localizadas como sepse aguda, meningite, osteomielite, artrite ou pneumonia bacteriana aguda: coletar 02 amostras, c/ intervalos de 5 minutos entre as punções.
- Bacteremia de origem indeterminada: coletar 04 a 06 amostras em 48 h. Se, após 24 h de cultivo, não apre-sentarem crescimento bacteriano, colher mais duas amostras.
- Paciente com picos febris regulares: coletar não mais que 03 amostras antes do início da febre (1 h); evitar o pico febril.

Cuidados com coleta:
 - Higienização das mãos.
- Desinfecção das tampas dos frascos com álcool 70%.
- Anti-sepsia do local de punção conforme orientação do CCIH. É recomendável uso de PVPI ou cloroxedine.
- Coletar a quantidade de sangue e o número de amostras de acordo com as solicitação médica.
- As punções devem ser de locais diferentes e observando intervalo recomendado entre coleta das amostras.
- Identificar cada frasco com todas as informações padronizadas e enviar ao laboratório juntamente com a solicitação médica devidamente preenchida. 



Transporte : Manter o frasco em temperatura ambiente e encaminhar o mais rápido possível (30 minutos) para o laboratório. Não refrigerar.

Observações:
- Não é recomendável coletar sangue de cateteres já existentes (venoso e arterial), exceto em casos de comparação com sangue periférico (tempo de crescimento microbiológico e método quantitativo).
- Não se recomenda a troca de agulhas entre a punção de coleta e distribuição do sangue no frasco de hemocultura.
- O volume ideal corresponde a 10% do volume total do frasco de coleta. Quanto maior o volume de sangue  inoculado no meio de cultura, por amostra, melhor recuperação do microrganismo.
- Em crianças coletar amostras com 0,5 ml a 3 ml.  Duas culturas são recomendadas para diagnóstico de bacteremias em recém-nascidos.

URINA


Urina


Indicação:
-  Suspeita ou eminência de infecção do trato urinário.
-  Controle de cura.
- 1º Jato – uretrites e DST.
- Jato médio – cistites e pielonefrites.

Cuidados com coleta:
- Assepsia rigorosa prévia dos genitais com água e sabão neutro com auxilio de gaze, e posterior secagem com gaze estéril.
- Coletar preferencialmente o jato intermediário (jato médio) espontâneo em frasco estéril.
- Fechar bem o frasco e caso haja algum respingo na parte externa do frasco, lave-o e enxugue-o.
- Identificar e encaminhar ao laboratório. 
- Sexo feminino manter grandes lábios afastados.
- Evite encher o frasco.

Em paciente com cateter vesical de demora:
- Promover drenagem da urina retida no sistema de drenagem (acima do bico injetor lateral). Fechar para acumulo de nova urina.
- Fazer desinfecção do bico injetor lateral do sistema de drenagem e as aspirar a urina retida.
- Colocar em frasco estéril e identificar.

Transporte :
- 1 hora ou refrigerada até 24 horas
- O processamento laboratorial deve ser feito dentro de duas horas, se não for possível refrigerar.

Observações:
- A coleta deve ser feita pela manhã, preferencialmente da primeira micção do dia, ou então após retenção vesical de duas a três horas.
- Em pacientes com cateter vesical de demora não colher a urina da bolsa coletora.
- No pedido laboratorial deverá constar que o paciente está cateterizado.
- O cateterismo vesical é considerado um método apropriado na coleta de urina quando não é possível a punção suprapúbica.  Deve ser realizado com técnica asséptica. Higienização do meato uretral com anti-séptico, enxágüe e com luvas estéreis.